sábado, 8 de novembro de 2008

Coração adorador...

Após "longo e tenebroso inverno" em minha vida, muito aprendizado, idas e vindas em meu mais profundo sentimento da conjugação do verbo "amar", retorno para postar algumas considerações sobre meu novo modo de viver e de, sinceramente, ser feliz. Meu querido pai, tenho certeza, iria orgulhar-se de ver sua filha tão envolvida nas coisas que realmente importam e nos completam para seguir em frente com dignidade e confiança em Deus.
Adorar a Cristo Jesus foi tão surpreendente que me fez entender como o sofrimento nos transforma e nos faz pessoas melhores, lógico que com a ajuda desse mesmo Deus que muda todas as coisas e que é maravilhoso!!!!
Aprendi que Sua paz é tão infinita e Seu caminho é tão inebriante que é capaz mesmo de transformar toda uma vida em tão pouco tempo...Ah! Se todos pudessem entender o sentimento que se abriga em meu coração e a descoberta que fiz em minha vida!!! Tenho certeza de que meu querido e inesquecível velhinho sabia a importância de acreditar sem ver e de confiar sem esperar o imediato. Agora compreendo o brilho em seus lindos olhos azuis quando conversávamos e ele me falava do "poderoso amor de Jesus" em quem depositava todo o significado de sua existência e no qual acreditava de uma forma tão linda e impressionante!
Faço agora de minha vida um testemunho vivo dessa certeza e do meu coração um instrumento de adoração ao Senhor Jesus, pois eu conheci Seu poder na tempestade, quando acreditava que nenhuma força seria capaz de salvar-me e pensamentos antes nunca presentes povoaram minha mente e meu coração... Conheci a força carinhosa de Sua mão estendida quando pedi por Tua salvação, Senhor...e foste o único que não me pediu nada em troca, apenas demonstrou que sempre esteve ali, esperando por mim...
Meu coração, assim como foi o de meu pai, será para sempre agradecido e para sempre será Teu adorador...


terça-feira, 26 de agosto de 2008

Adoçando corações


Estive um pouco ausente por conta de algumas atividades e visitas importantíssimas em minha casa (minha querida irmã), mas nada que me fizesse esquecer da vida cheia de alegrias e atitudes inusitadas de meu querido pai, em especial na época do Natal.
Em Itajubá/MG muitas casas comerciais e supermercados o contratavam para a função de Papai Noel, pois seus cabelos branquinhos e sua longa barba o incentivaram a um meio bem divertido de ganhar alguns trocados nessa época do ano.
Tinha uma verdadeira adoração em vestir aquela roupa um tanto quanto surrada, munir-se de um pequeno sino (que hoje brilha com seu lindo som em meu sítio para chamar os passarinhos na hora das refeições), colocar nas costas um enorme saco vermelho, uma grande bolsa cheia de bombons, pirulitos e balas e esperar a lotação para levá-lo ao exercício de sua maravilhosa função.
Crianças com seus olhinhos brilhantes sempre se achegavam a ele na ânsia de pegar em suas mãos e ganhar sempre algum doce, mas o mais lindo de tudo o que girava em torno de meu inesquecível Papai Noel, é que ele sempre reservava alguns doces em sua sacola para os adultos que se esqueciam da importância do espírito natalino. Sempre que via algum adulto bravo ou meio carrancudo pelas dependências do estabelecimento em que estava, corria a retirar um bombom de seu pequeno saquinho e o oferecia, dizendo: “tome um doce para adoçar a boca e o coração!”. Logo a face franzida pela preocupação ou tristeza dava lugar a um belo sorriso.
Sempre me lembro com saudade de como ele me contava isso com uma pontinha de orgulho e a sensação do dever cumprido em meio a largos risos entremeados por aquela tosse contínua habitual.
Dizia que todos precisavam muito disso...de uma palavra amiga para mudar a vida. Como sempre, você tinha razão pai, e o seu riso é o quadro que ainda está pendurado na parede da minha memória com essa grande lição de vida.

domingo, 10 de agosto de 2008

Porque hoje é Dia dos Pais...

Hoje resolvi que minha homenagem ao meu pai não seria uma homenagem convencional, na tentativa de alcançar a proximidade de uma presença física para matar a saudade que ainda faz chorar meu coração. Sua ausência entre nós no dia de hoje me fez procurar sua presença no lugar onde ele mais gostava de estar: em uma igreja.
Fomos à Igreja de São José Operário na missa das 18h. Busquei sua presença. Busquei uma palavra que me fizesse lembrar de sua linda existência terrena. Busquei algo que me desse a certeza de que cada detalhe de sua vida não fora esquecido...Algo determinante para secar as lágrimas que teimavam em brotar e rolar dos meus olhos, em especial quando o padre deu uma benção a todos os pais presentes e também aos que já haviam nos deixado. Foi quando uma linda e antiga canção em determinado momento da cerimônia religiosa me chamou a atenção. Tive a nítida impressão que tudo havia parado no tempo e só existiam eu e a letra da música que era registrada a cada estrofe na tela de projeção e em meu coração.
Nesse instante, senti que meu pai me falava através da palavra de Deus e me mostrava que a saudade é só um pequeno detalhe e que "a eternidade é, na verdade, o amor vivendo sempre em nós".
Neste instante quero registrar esses versos tão bonitos que me fizeram entender que a confiança no Pai Celestial é mais que um sentimento religioso, é um dever...

"Vem, e eu mostrarei
que o meu caminho te leva ao Pai.
Guiarei os passos teus
e junto a ti hei de seguir.
Sim, eu irei e saberei
como chegar ao fim.
De onde vim, aonde vou,
Por onde irás, irei também.
Vem, e eu te direi
o que ainda estás a procurar.
A verdade é como o sol
e invadirá seu coração.
Sim, eu irei e aprenderei
minha razão de ser.
Eu creio em ti que crês em mim
e à tua luz verei a luz.
Vem, e eu te farei
da minha vida participar.
Viverás em mim aqui:
viver em mim é o bem maior.
Sim, eu irei e viverei
a vida inteira assim.
ETERNIDADE É, NA VERDADE,
O AMOR VIVENDO SEMPRE EM NÓS.
Vem, que a terra espera
quem possa e queira realizar,
com amor a construção
de um mundo novo muito melhor!
Sim, eu irei e levarei
Teu nome aos meus irmãos.
Iremos nós e o teu amor
vai construir, enfim, a paz!"

sábado, 9 de agosto de 2008

O outro lado - parte II


" O menino subiu a ladeira repleta de árvores que espalhavam suas sombras para envolver a todos que por alia passavam. De repente, pegou algo no chão, correu para seu pai e falou:
_ Olha, papai, o que eu achei: uma cigarra...mas ela está morta!
O pai pegou o bichinho na mão, olhou por dentro, por fora e viu as asas, as patinhas, os olhos e as anteninhas. Tudo estava no seu lugar e em ordem. Só havia um problema: o pequeno animal estava oco!!
Foi aí que o pai percebeu o fenômeno. Havia uma rachadura, uma pequena passagem no corpo daquele inseto. Pensou um pouco e, concluindo, disse:
_ Meu filho, ela não está morta, o que...
_ Como não está morta, papai? Olha o corpo dela aí na sua mão - interrompeu o menino.
Com toda paciência e interesse, o pai prosseguiu dizendo:
_ O que aconteceu, filho, é que a cigarra trocou de corpo. Veja a rachadura por onde ela passou. Ela não está morta. Pelo contrário, ela talvez seja uma dessas que você está ouvindo cantar.
O menino demorou, mas acabou entendendo a transformação que o animalzinho experimentara. Só então ele descansou de suas preocupações e voltou a brincar.
Ainda que em proporções muito maiores, essas mesmas dúvidas talvez estejam preocupando você. Hoje você está chorando porque alguém muito querido partiu para a eternidade. Quem sabe você não consiga entender completamente o que aconteceu. Você está envolvido por uma estranha sensação de perda. Está com o coração partido e não encontra respostas.
O ataúde, o corpo inerte e o vazio deixado estão ferindo a sua alma e é tão difícil exprimir até o que você está sentindo!
Mas há uma doce paz trazida pelo Espírito de Deus, principalmente se aquele que partiu depositou sua vida nas mãos de Cristo Jesus. Se isso foi feito, o morto não morreu!
Lembra-se de João 3.16? "Para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna."
O coração pode até parar e o corpo sucumbir, mas o espírito está com Deus. Pode ocorrer a separação, uma troca de corpo. O espírito deixa o corpo físico, em troca de um espiritual; o barraco terrestre em troca de um palácio celeste; uma casa de aluguel por uma posse definitiva.
Agora, não está mais sujeito às enfermidades, aos bisturis, às dietas, aos hospitais, aos dissabores, aos acidentes, às frustrações, às tentações e às obras da carne. Está com o Criador e Senhor de tudo o que há.
As lágrimas, talvez, teimem em rolar pelo seu rosto, mas em meio a tudo isso, você pode agradecer a Deus pelo que representou a pessoa querida que se foi. Quantas lutas, quantas provas, quantas experiências, quantos compartilhamentos, quantas vitórias!
A saudade aperta...mas o consolo do Espírito de Deus não cessa. O próprio Espírito Santo relembra que o corpo sem vida, o barraco alugado, fica na sepultura por algum tempo, mas que o espírito, a essência, o próprio ser de quem partiu em Cristo goza eternamente a vida plena na presença do amado Salvador.
Você consegue ver agora o que realmente aconteceu? Se a pessoa querida depositou sua vida nas mãos de Jesus, ela não morreu! O que ocorreu é que o coro celestial ganhou mais um componente que, tal como a cigarra daqui, já deve estar cantando por lá..."

Obrigada, pai, pela lição...estou tentando aprender...

O outro lado

Essa semana que passou me fez brotar no pensamento milhões de questionamentos sobre a morte. Meu velhinho passou para o andar de cima e nos deixou muitas, muitas saudades e lembranças que pretendo reproduzir nesse blog, mas ultimamente tenho sentido a necessidade de respostas, muitas respostas para a torturante dúvida sobre o outro lado. Sei que devo acreditar (sim, sei que tenho que), mas como pobres mortais nos apanhamos olhando para o além a refletir sobre tantas coisas que um dia enfrentaremos - velhice, doenças, morte... Nosso amor ao Pai Celestial nos ajuda e muito a atravessar esse mar de receios normais ao ser humano, mas, como humanos, forçosamente tememos o fim.

Poucos dias após o falecimento de meu pai, minha mãe passou-me às mãos suas anotações poéticas para que eu copiasse ou desse o destino que ele sempre sonhara: sua publicação de alguma forma, maneira inexorável de eternizá-lo em nossos corações e motivo da criação desse blog. Pois bem, a pasta de cartolina vermelha surrada e antiga me chamou a atenção pela simplicidade (bem ao estilo de meu pai) e, ao abri-la na ânsia de apaziguar a saudade que sentia dele e ainda um tanto inconformada pela tristeza, fui surpreendida por uma pequena história colada na parte de trás da capa, juntamente com a imagem do Sagrado Coração de Jesus e Nossa Senhora do Sagrado Coração, também colados na parte superior.

Bem devagar fui lendo a pequena história que publicarei a seguir e, na certeza de que ele queria me dizer algo, compreendi o término de sua caminhada terrena mas ainda choro, aos pés de sua santa de devoção - Nossa Senhora Aparecida - pela minha incerteza do amanhã e pelos que ainda irão sem mim...

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Pequenas poesias, grandes pensamentos

“Está chegando o bom poeta.
Ele faz questão de dizer que é filho
De São Sebastião de Bela Vista...
Ele na mocidade andou pelo mundo inteiro,
Mas não a perdeu de vista.
Voltou para a sua terra natal com as suas conquistas.”
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“Oh, lua!...Você brilha tão linda no céu e eu fico encantado!
Oh, linda lua, eu te amo e nem sou seu namorado
Quero saber se você não é comprometida ou casada
Se não for, casarei contigo e continuaremos nossa jornada
Eu prometo ser fiel a você. Não lhe troco por nada!
Você será muito feliz, pois eu sou muito camarada!”
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“Aqui fala o bom poeta que está um pouco afastado,
Mas quando fica perto de uma princesa, fica encantado
De ver tanta beleza e tantos predicados...
O homem que casou com essa princesa acertou na loto,
Tem vida longa e é muito abastado
E, com certeza, muitas flores em seu caminho destinado.”

Sentado em um banco de praça, em seu lar ou encostado em qualquer lugar que lhe oferecesse um pedaço de papel e uma caneta Bic, Zezé reproduzia em poesias o que pedia o seu coração. Mesmo em pequenas pérolas...

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Histórias da Carochinha


Seu Zé era mesmo uma pessoa que se não tivesse nascido, teria que ter sido inventado. Com certeza. Minha infância em sua companhia foi recheada de belas e longas histórias (inventadas ou não...não sei), principalmente as da Dona Carochinha cuja imagem em minha mente era a de uma velha bem velha mesmo, com uma bengala feita de toco de árvore, cabelos desgrenhados e sujos e morando no meio da floresta junto às matas para, inclusive, protegê-las da depredação que o ser humano promovia constantemente.

A Serra da Mantiqueira era o palco das histórias de sua morada e mesmo hoje me pego a lembrar dos detalhes do relato das aventuras dessa senhora, tamanha a veracidade da lenda que meu pai contava e gesticulava na intenção de me fazer dormir.

Lembranças são realmente uma fantástica maravilha a nós proporcionada pelo nosso Criador. Zezé sabia disso...e mais: sabia que essas histórias me seguiriam para sempre e que nunca, nunca seriam esquecidas.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Ode à Serra da Mantiqueira


"Você já viu a serra, a mãe que chora?
A lenda de tupi-guarani Mantiqueira...
Toda coberta de nuvens que de água se transforma.
Todos dela bebem. O que sobre enche rios que não voltam mais
Até dá dó ao cair da tarde
A Serra da Mantiqueira fica sonora...
Oh, Serra da Mantiqueira, eu te amo e te adoro
O dia em que não te vejo, fico triste, até choro!
Tanta beleza...você sozinha e eu também aqui sozinho...
Oh, Serra da Mantiqueira, me leva, eu te imploro!
Tanta riqueza em suas plantas e em seus pássaros a cantar
O que eu posso lhe dar de mim são os meus poemas para lhe agradar
Nessa linda cidade de Itajubá!"
J.L.V.F. – o poeta.

Minhas lembranças e muitas poesias


Rio de Janeiro. Bairro Rio Comprido. Rua Guaicurús, sopé do Morro do Querosene. Lá nasci e me criei, sempre dentro dos ensinamentos mais dignos que uma pessoa modesta e cheia de honestidade poderia partilhar com sua prole, ensinamentos esses que meu pai fazia questão de levar consigo. A começar pelo nome. Dizia sempre que pobre só leva de bom e digno desta vida o nome limpo. Hoje entendo suas razões.
Lembro-me que, muito agarrada com ele, pois era a única criança dentro de um lar de mulheres já amadurecidas, tinha minhas vontades sempre satisfeitas, custasse o que custasse. Minha mãe fazia bolo quase todos os dias e era ele, Zezé, que batia a massa em uma tigela funda de beirada lascada e porcelana antiga com uma comprida colher de pau, acompanhado da menina franzina de pernas finas a esperar pela “rapa”...Era eu que, ao menor descuido dos olhos zelosos de minha mãe, via minha boca literalmente entupida pela massa deliciosa e crua do lanche da tarde.
Hoje levo a saudade nitidamente estampada na lembrança daquelas tardes precoces em que o riso de meu pai era de uma alegria marota de algo mau feito, sob as zangas constantes de minha mãe.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Amor antigo e eterno: Serra da Mantiqueira

Porém, Zezé tinha um amor especial, inspiração de muitas de suas poesias: a Serra da Mantiqueira.
Foi chamado dia 21 de janeiro de 2004 para viver eternamente em cada folha caída pelo peso do orvalho que brilha a cada manhã na Mantiqueira, em cada pássaro que voa baixo pra procurar seu ninho e viver livre entre as árvores da serra e em cada cheiro de mato exalado das entranhas das montanhas em uma tarde de sol. Deixa uma imensa saudade e um legado de vitórias maravilhoso em todos os sentidos e é esse tesouro que quero compartilhar com o mundo virtual.
Essa homenagem é pra você, pai...Seu sonho finalmente se realizou! Você tá no mundo...saído dos nossos corações...

“Cercado pelo silêncio daquela cidade do interior...”

Com o compromisso cumprido, agradecia a Deus, fazia suas poesias e as declamava para os familiares e amigos que fez em suas idas à Praça Teodomiro Santiago todos os dias.
Homem de fé inabalável, agradecia a Deus por tudo o que havia conseguido na vida, muito pouco material, mas pelos valores alcançados em sua existência terrena. Seu sonho de uma casa própria deu lugar ao conformismo sempre alegre da admiração perplexa da beleza do céu mineiro, das maravilhas da tranqüilidade de Itajubá, do ar puro, da companhia dos amigos e das visitas das filhas.



“Sei que nada será como antes...”

O tempo passou, Zezé teve sua família multiplicada, viu nos netos a perpetuação de seus ideais e se revelou poeta.
Aposentou-se e seu coração mineiro falou mais alto: na primeira oportunidade regressou à terra natal – agora Itajubá, também Sul de Minas Gerais. Instalou-se no Bairro Rebourgeon, bairro com ruas muito íngremes, mas de sua casinha, bem lá do alto, admirava as lindas montanhas itajubenses, o ar puro e tudo era motivo de inspiração para suas poesias. Sempre se referia a um sonho que um dia tivera de que morava bem pertinho das nuvens e até podia alcançar o céu.

O casamento: inicia-se a família

Foi com esse propósito que voltou a Minas Gerais para buscar sua prima Aracy Villela, que aos quinze anos deixou seus pais e seus nove irmãos para desposá-lo e constituir sua família. Desse enlace nasceram duas filhas, criadas com muito amor e dignidade e, com muita luta criou, educou e as formou como profissionais da Assistência Social e do Magistério.
Com seu enorme coração, sempre procurando ajudar os outros membros da família a encontrar mais oportunidades de trabalho na cidade grande e uma melhor qualidade de vida, ganhou uma nova filha: essa que lhes relata a incrível vida desse homem maravilhoso.

E a história começa...J.V.F., o poeta


Ele nasceu na bela e sossegada cidade interiorana de Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas Gerais, no dia 20 de setembro de 1917. Primeiro filho homem de uma família humilde de sete herdeiros, Zezé, como era carinhosamente chamado, trabalhou desde muito cedo acompanhando seu pai na lida da roça, pai muito querido que o deixou aos sete anos de idade. Primogênito, passou a suprir a ausência do pai trabalhando com mais afinco na lavoura para ajudar no sustento da casa.
Seu respeito e amor pela terra e pela natureza de um modo geral surgiram nessa época, com o convívio contínuo na lavoura.
Finalmente a obrigação militar o chamou e fez com que Zezé deixasse a roça a fosse para a cidade grande – Rio de Janeiro. Idealista, pensou em seguir a carreira militar, sonho que não se concretizou pelas idéias já tão reacionárias em busca de um país mais igualitário.
Como não teve oportunidades para prosseguir nos estudos, restou-lhe a ocupação de motorista de lotação. Assim, sua vida na selva de pedra que o engolia era sempre difícil. Mas, sempre com uma surpreendente confiança em Deus, em si próprio e no semelhante, prosseguiu sua vida de trabalho com grande honestidade e um autêntico e peculiar bom humor em busca de formar uma família e comprar sua casa.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Amor pra recomeçar...



A prole do Seu José Villela não é muito grande. Com a agregada aqui, somos três filhas, sete netos e quatro bisnetos...hummmm...acho que não errei na conta não. Por enquanto é só uma prévia da linda história desse meu grande poeta. Estou preparando o material para colocar sua vida inteirinha na net. É, Seu Zé...como vc sempre sonhou, lembra? Todo o mundo vai conhecer sua história e suas poesias. E nem precisou publicar, né? Aí do lado está minha irmã "gêmea" Marília, meus sobrinhos Marco e Carlo, suas respectivas esposas Gissele e Vivi e a minha linda princesa Clara, filha do Marco. Êita gente bonita que vc deixou, heim, Zezé? Se você tivesse ainda entre nós teria orgulho de sua família. Sou eu, meu pai, sou eu tenho tanto a te agradecer hoje...onde você estiver...

terça-feira, 8 de julho de 2008

Esse é meu pai....pai poeta...pai Villela

José Luiz Villela Filho. Para os que o amam, simplesmente Zezé. Descrever sua trajetória por essa vida tão curta será tarefa difícil, pois um homem com tamanha espiritualidade, coragem, determinação e garra, mostrando a tudo e a todos o verdadeiro propósito da arte de viver, não é fácil de se encontrar todos os dias em nenhuma curva de esquina.
Vou revelar, dia a dia, suas atitudes que, de tão pequenas, somaram-se enormes na lição da existência de cada um de nós....na lição do dar e do receber...na lição de que existe algo muito mais além do que podemos imaginar.
Eu, como agregada à família, mas sentindo-me dona desse imenso legado deixado por ele, quero mostrar a alegria de ter sido sua, sempre, filha...