sábado, 9 de agosto de 2008

O outro lado

Essa semana que passou me fez brotar no pensamento milhões de questionamentos sobre a morte. Meu velhinho passou para o andar de cima e nos deixou muitas, muitas saudades e lembranças que pretendo reproduzir nesse blog, mas ultimamente tenho sentido a necessidade de respostas, muitas respostas para a torturante dúvida sobre o outro lado. Sei que devo acreditar (sim, sei que tenho que), mas como pobres mortais nos apanhamos olhando para o além a refletir sobre tantas coisas que um dia enfrentaremos - velhice, doenças, morte... Nosso amor ao Pai Celestial nos ajuda e muito a atravessar esse mar de receios normais ao ser humano, mas, como humanos, forçosamente tememos o fim.

Poucos dias após o falecimento de meu pai, minha mãe passou-me às mãos suas anotações poéticas para que eu copiasse ou desse o destino que ele sempre sonhara: sua publicação de alguma forma, maneira inexorável de eternizá-lo em nossos corações e motivo da criação desse blog. Pois bem, a pasta de cartolina vermelha surrada e antiga me chamou a atenção pela simplicidade (bem ao estilo de meu pai) e, ao abri-la na ânsia de apaziguar a saudade que sentia dele e ainda um tanto inconformada pela tristeza, fui surpreendida por uma pequena história colada na parte de trás da capa, juntamente com a imagem do Sagrado Coração de Jesus e Nossa Senhora do Sagrado Coração, também colados na parte superior.

Bem devagar fui lendo a pequena história que publicarei a seguir e, na certeza de que ele queria me dizer algo, compreendi o término de sua caminhada terrena mas ainda choro, aos pés de sua santa de devoção - Nossa Senhora Aparecida - pela minha incerteza do amanhã e pelos que ainda irão sem mim...

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